Em um Eclipse que também afaga a Lua
A Terra com ciúmes logo esbraveja
Pois sente frio aonde a sombra arpeja
A Lua que nada na Luz sorridente
É um navio que navega livremente
E por não tomar da Terra conhecimento
Solta um grito sem pudor ou alento
Ondas sonoras que viajam zunando
Atingem a Terra como um raio cortando
A Terra que no fundo a Lua ama
Sabe que um eclipse quase nada dura
Assim ela se alegra com a sua fama
De amar o Sol e a Lua com certa fúria
O Sol que a todos esquenta e ilumina
Nem se aborrece com a tal peleja
Sabe que em briga de duas meninas
Sobram as mágoas e muita tristeza
Por isso ele sempre toma muito cuidado
Quando programa um Eclipse ensolarado
Um dia quem sabe essa briga esfria
A Terra e a Lua param com essa briga
Enquanto isso ainda não acontece
A Lua sempre grita de volta
Quando brava a Terra desaquece
*Esse texto quase juvenil, escrevi depois de ler outro texto nada pueril: